Actress | Singer | Songwriter

 

Thalma de Freitas é atriz, cantora e compositora indicada ao Grammy Americano , conhecida como um nome familiar na cena cultural brasileira.

Creditada em mais de 30 programas de televisão, ela também é uma artista de palco dinâmica, conhecida por sua mistura desafiadora de gênero de sambajazz, MPB e folk afro-brasileiro.

Residente em Los Angeles desde 2012, Thalma de tornou produtora cultural ao gerenciar sua carreira independente na música produzindo seus próprios shows e eventos.

Desde 2022 Thalma também mora em São Paulo, trabalhando nos palcos e produções audiovisuais, além de desenvolver o Selo Brazilla para lançamento de seus projetos autorais.

QUEM é THALMA DE FREITAS…

e por que voce deveria se importar

Thalma de Freitas é um talento lapidado desde a infância. Nascida em

lar, que sempre prezou pelo amor às artes, a renomada atriz, cantora e

compositora brasileira é filha do lendário pianista, tecladista, maestro, e

compositor Laércio de Freitas, sendo esse fato crucial para a trajetória de

Thalma ao desenvolver suas múltiplas facetas artísticas.

Nascida em 14 de maio de 1974, no Rio de Janeiro, Thalma de Freitas

explora em sua carreira musical uma variada gama de gêneros que

incluem samba, bossa nova, soul jazz, afro-brasilidades e música

eletrônica. Essas experimentações sonoras podem ser conferidas em

trabalhos como o EP "Thalma de Freitas" (2004) e o aclamado álbum

“Sorte!” (2019), feito em parceria com o norte-americano John

Finbury. Por este trabalho, a dupla foi indicada ao Grammy Awards de

Melhor Álbum de Jazz Latino em 2020, com Thalma sendo a única

brasileira representante do país a competir neste ano. Como crooner, a

diva gravou o ótimo “Carnaval Só no Ano que Vem”, da Orquestra

Imperial, mostrando toda sua versatilidade vocal.

Atriz talentosa, Thalma de Freitas atuou em dezenas de obras de teatro,

cinema e TV. Ela foi uma das protagonistas do longa O Xangô de Baker

Street (2001) e, posteriormente, em 2004, interpretou Maria da Ajuda em

As Filhas do Vento, filme dirigido por Joel Zito Araújo, com elenco

recheado de grandes estrelas negras como Léa Garcia, Taís Araújo, Ruth

de Souza e Rocco Pitanga. Sua performance lhe rendeu o Kikito de

Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Gramado.

A carreira profissional de Thalma de Freitas começa a ganhar contornos

icônicos quando entra para o elenco do musical "Noturno" da Cia dos

Menestréis, dirigida por Oswaldo Montenegro. No ano seguinte, a atriz

integrou o elogiado espetáculo "Hair”, comandado por Jorge Fernando. A

parceria com o diretor se repetiria em Nas Raias da Loucura, culminando

com o convite para a atriz entrar para o elenco fixo da novela Vira Lata,

sendo a primeira vez que a atriz não precisa cantar em cena.

Até o ano 2000, Thalma de Freitas participou de produções de sucesso na

televisão, entre elas “Xica da Silva” (exibida entre 1996 e 1997 na extinta

TV Manchete), a minissérie global “Dona Flor e Seus Dois Maridos”,

“Malhação”, “Labirinto” e “Andando nas Nuvens”. Então, no ano 2000, ela

daria vida ao papel que a tornou nacionalmente conhecida e é lembrada

até hoje, a Zilda Carvalho, de “Laços de Família”, sucesso estrondoso do

horário nobre da Globo, escrita por Manoel Carlos e dirigida por Ricardo Waddington.

Zilda é presença constante nas cenas envolvendo o núcleo de

protagonistas composto por Helena (Vera Fischer), Edu (Reynaldo

Gianecchini) e Camila (Carolina Dieckmann). Com as recentes

conquistas da classe das trabalhadoras domésticas, a personagem vivida

por Thalma acabou sendo um pouco estigmatizada, mas o papel é fonte

de orgulho para a atriz.

“Eu fiquei muito feliz, muito satisfeita e muito honrada. A

nova geração não tem muita perspectiva, mas antigamente o

personagem da empregada doméstica, ela entrava no

serviço, servia o café e ia embora. Não era uma pessoa, mal

tinha nome. Foi a primeira vez que o personagem da

empregada doméstica era um personagem, que tinha cena

sozinha, que interagia com vários personagens, que se metia

numa briga. Isso era muito raro, nunca tinha acontecido

antes. Exceto em história de época que aí você era escrava. “

- Thalma de Freitas

Em 2001, mais um sucesso na carreira da atriz. No papel da advogada

Carol, em “O Clone”, ela faz par romântico com Osmar Prado, que

interpreta Lobato, um advogado brilhante, mas dependente químico. A

personagem de Thalma era compreensiva, mas dura na medida certa ao

ajudar o parceiro a sair do vício.

Após “O Clone”, a artista esteve em “Kubanacan”, “Bang Bang”, “Sete

Pecados”, e em duas temporadas de “Malhação”. Desde o fim da

temporada 2012 de Malhação, Thalma vive em Los Angeles, junto com

seu marido, o fotógrafo Brian Cross e a filha do casal.

Ao longo da carreira, Thalma sempre foi lembrada pelo talento único

entre seus pares. Colaborou com uma série de artistas renomados, tanto

na música quanto no cinema. Além dos já citados Oswaldo Montenegro

e Jorge Fernando, ela esteve em trabalhos com Carlos Saldanha e Walter

Salles, colou seu talento junto a músicos como João Donato, César

Camargo Mariano, Orquestra Imperial, participou do álbum “The

Epic”, do aclamado, do saxofonista americano Kamasi Washington,

recebendo reconhecimento nacional e internacional.

Thalma de Freitas é uma artista multifacetada que continua a cativar

audiências com sua voz poderosa, presença carismática e talento

excepcional tanto na música quanto na atuação.

Com uma carreira consolidada, financeiramente estável, e um rosto

facilmente reconhecível pelo público, a multiartista decide se arriscar

sendo mais que uma atriz que empresta talento através de contrato. Ela

queria aprender a produzir, ser uma agitadora cultural, colocando as

mãos na massa a partir das próprias ideias. “Eu falava sobre isso e as

pessoas não me levavam a sério. Achavam que eu estava doida. Eu perdi

muito dinheiro, entrei numa super crise existencial, estava decidida a

aprender como é que eu mudaria essa chave de ser artista que é

contratada para shows, que é contratada para as coisas para ser a pessoa

que produz”, revela.

Thalma de Freitas é casada com o cineasta, fotógrafo e produtor Brian

Cross, com quem tem um filho. Cross é CEO da produtora e é conhecido

internacionalmente por cobrir parte da história do hip hop através de

icônicas fotografias. Sob seu olhar já foram capturados Outkast,

Kendrick Lamar, DJ Quik, Dr. Dre, Ice Cube, entre outros.

Dentro da relação, Thalma ficou ainda mais motivada a se expandir

como artista e também no fórum pessoal. “Eu estava com 38, eu queria

ter família, queria ser mãe. Eu queria ser e eu fiz”, se orgulha.

Dentro de sua jornada na busca por propósito emocional, espiritual e

profissional, Thalma focou sua força de vontade no aprendizado,

seguindo sua crença de que artistas vêm dotados da capacidade de trazer

novas ideias e soluções para as dores. “A gente possui esse sistema, a

gente tem nossa forma de ver o mundo. Portamos esse tipo de coragem

de pensar fora da caixinha e tentar novos modelos de expressão e

também novos modelos de negócio”, analisa.

Observando as possibilidades de variados modelos de negócios além do

que eram feitos no Brasil, sejam novas formas de produzir teatro, música

ou audiovisual, Thalma se muda para Los Angeles, EUA, em 2012.

Durante a gestação, ela passou a estudar a indústria de cultura do

business estadunidense, focada em todas as possibilidades de se

reinventar e espalhar o que aprendeu entre seus pares.

Nos Estados Unidos, Thalma entrou para a banda do renomado músico

Kamasi Washington, onde participa das gravações do histórico “The

Epic”, álbum de três horas de duração que mistura variados estilos de

jazz. Participar de gravações musicais foi o jeito certo que a artista

encontrou para construir pontes e fortalecer network, se integrar na nova

comunidade, como uma estrangeira de nação, mas irmã de arte.

“Comecei a trabalhar bastante, coloquei a mão na massa, comecei a

produzir para Tulipa Ruiz. gravei com seu Mateus Aleluia, compus

para Gal Costa, abri show para o Sérgio Mendes. No Brasil, em

termos de espaço, posso dizer que passei o bastão como herdeira

espiritual do espaço que eu ocupava para a maravilhosa Jéssica

Ellen”

Nos Estados Unidos, Thalma discotecou para uma das primeiras rádios

digitais do mundo. Seu pioneirismo entre atores de TV em desbravar

novidades tecnológicas fora de sua área de atuação, a fez ficar com mais

vontade de trazer melhores tecnologias ao Brasil, profissionalizar a

gestão da carreira de artistas, já que ela mesma não teve um norte de

gestão estratégica em sua carreira, se conduzindo pelo feeling que

adquire conforme as coisas acontecem. “Eu sabia que se eu conseguisse

solucionar algumas das minhas questões, eu estaria trazendo recursos e

soluções para toda uma categoria”, observa.

De volta ao Brasil em 2022, Thalma de Freitas foi o rosto da campanha

do presidente, marcando sua volta ao alcance do público que se

acostumou a ver seu rosto por anos em novelas. Em seguida, ela entrou

para o elenco da série “Americana”, da Disney/Star+. Ainda que pudesse

seguir levando suas ideias adiante em terreno norte-americano após a

série de trabalhos no Brasil, Thalma planeja plantar, como já vem

fazendo, as sementes de suas ideias aqui no país. “Eu estou chovendo

no molhado lá. Muitos espaços já estão ocupados. O nosso país precisa

mais. Eu tenho muito mais chance de ser feliz no Brasil do que nos

Estados Unidos. Na verdade, eu posso trabalhar mais, produzir aqui,

trazer as coisas que apresndi para cá, fazer a roda girar, ajudar as atrizes e atores a

terem carreiras internacionais, ajudar a exportar nossos talentos”, reflete.

“Eu não estou mais lutando pela minha carreira. Eu quero lutar pela

carreira de outras pessoas também, eu estou mais ambiciosa do que

nunca. Quero abrir caminhos. Quero ser o que Lélia Garcia e Ruth de

Souza foram para minha geração”

( Aquiles Argolo, Maio 2024 )

 

Listen

 
Screen Shot 2020-10-06 at 9.51.57 AM.png